quarta-feira, 23 de maio de 2007

Oficina sobre metodologia, política e epstemologia relacionadas ao uso de "drogas"

Oficina: Metodologia de pesquisa, política e epistemologia em estudos sobre substâncias psicoativas e consciência

Coordenadores: Alberto Groisman (professor do Departamento de Antropologia da UFSC), Marcelo S. Mercante (pós doutorando pelo PPGAS/UFSC)
Debatedores: Isabel Santana de Rose (doutoranda pelo PPGAS/UFSC), Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque (doutorando pelo PPGAS/UFSC)

Proposta:
A presente Oficina está voltada para a discussão sobre métodos de pesquisa, política e epistemologia relacionados ao uso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas, avaliando seus aspectos legais, sua importância para a área da saúde e religiosidade e desdobramentos em relação à consciência e aos processos de conscientização. O uso de substâncias psicoativas envolve uma série de aspectos socialmente relevantes. Em relação ao status de seu uso, estas substâncias sempre levantam controvérsias, por exemplo nos casos que envolvem acusação de comércio ilícito, ou quando interesses econômicos maiores estão em jogo (como nos processos relacionados à indústria farmacêutica, do tabaco e do álcool). Outros exemplos da relevância social destas substâncias são as religiões nas quais elas ocupam posição central, inclusive nos processos de “cura”. Somado a isto, a pesquisa sobre o uso de substâncias psicoativas envolve uma série de questões éticas, tais como a maneira de tratar os sujeitos da pesquisa e os dados coletados, além do uso por parte dos pesquisadores, principalmente nos casos de estudos sobre as religiões mencionadas. Epistemologicamente, tanto o uso em si quanto a pesquisa sobre psicoativos quase necessariamente, levanta questões sobre novos caminhos quanto ao que é conhecido, o que é possível conhecer, e sobre o como o conhecimento é adquirido. Cabe ressaltar também que, apesar do destaque que o uso de psicoativos tem no contexto da sociedade contemporânea, esta temática ocupa um lugar marginalizado na academia, sendo relativamente pouco discutida. Nossa proposta, portanto, é contribuir para abrir um espaço para esta discussão, procurando, principalmente através da troca de experiências entre os participantes, levantar questões e buscar caminhos que auxiliem tanto o trabalho de pesquisadores, como o acesso de outras pessoas interessadas no conhecimento produzido sobre este tema.

Dinâmica:
A Oficina será realizada dos dias 24 a 26 de julho, no horário das 11 às 13hs. Partindo da temática geral, sugerimos três grandes temas - rituais, saúde e estados de consciência; mídia, sociedades complexas e legislação; ética, subjetividade, pesquisa e participação – com a proposta de enfocar um tema por dia. Levando em conta o pouco espaço que costuma haver para esta discussão, pretendemos privilegiar a reflexão a partir do a troca de relatos de experiências entre os participantes da Oficina. Assim, pedimos aos inscritos que preparem uma breve comunicação oral, procurando levantar questões para o debate. Esta comunicação deve se enquadrar em um dos grandes temas sugeridos acima e deve seguir as orientações do roteiro que se encontra disponível na ficha de inscrição. A Oficina terá quinze vagas e as inscrições serão confirmadas mediante o recebimento da ficha de inscrição devidamente preenchida, que deverá ser enviada para: marcelo_mercante@hotmail.com.

2 comentários:

  1. olá, me chamo eduardo e sou acadêmico do curso de Ciências Socias da Unioeste. Infelizmente não poderei participar do debate, mas gostaria de pedir-lhes se há possibilidade de postar no site ou mesmo poe e-mail, algumas passagens desse debate que é tão importante e, no entanto, tão criminalizado na nossa sociedade contemporânea.
    meu e-mail carloseduardobao@hotmail.com

    desde já me faço grato

    abraços

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  2. Oi Carlos, tudo bem?

    Não sei como será publicado, mas acredito que pode entrar em contato com o email do prof. Marcelo Mercante, postado na notícia. ele deve ter maiores informações.

    Um abraço,

    Sergio.

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