domingo, 6 de maio de 2007

Polícia Militar - RJ afirma que a Marcha da Maconha é uma manifestação democrática e que irá garantir sua realização

A Polícia Militar do Rio de Janeiro estará presente em vários trechos da Praia de Ipanema, para garantir a realização da Marcha da Maconha. O evento pedirá a legalização e a descriminalização da planta e é a versão local da Global Marijuana March (marcha global pela maconha, em inglês), que acontece simultaneamente em cerca de 200 cidades de 40 países.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, embora não se posicione nem contra nem a favor da iniciativa, os policiais estarão patrulhando o local para garantir a realização da marcha, por ser uma manifestação democrática. Nenhum mandado de segurança foi concedido até o momento pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para impedir a passeata pela legalização da maconha, segundo informação do plantão judiciário. Um pedido teria sido formulado pela entidade católica Opus Christi, liderada por Luiz Carlos Rocha, que seria contrária ao uso da imagem do Cristo Redentor, um dos símbolos do Rio de Janeiro, para o evento.
A assistente da direção da organização não governamental (ONG) Psicotropicus, Denise Leal, repudiou a reação da Opus Christi contra a marcha. A Psicotropicus é uma das entidades promotoras da marcha. Leal explica que a igreja católica erra ao considerar como de sua propriedade a imagem do Cristo do Corcovado. “O Cristo Redentor é um monumento internacional que está sendo, inclusive, votado para ser uma das sete novas maravilhas do mundo”, afirma. Leal disse que a vinculação da imagem à marcha não teve intenção de ligar a Igreja Católica à maconha. “O Cristo é o símbolo do Rio de Janeiro”, lembra. Como a marcha acontece simultaneamente em 200 cidades em todo o mundo, a escolha pelo Cristo teve por meta identificar a cidade onde o evento estaria acontecendo. “Levar pelo lado religioso não tem nada a ver.”

A expectativa é que a marcha reúna cerca de 1.000 pessoas. Denise Leal diz que a alternativa de participação usando máscara, para as pessoas que não querem ser identificadas pela televisão para não perderem o emprego ou não serem reconhecidas pela família, deve contribuir para ampliar o número de ativistas presentes à manifestação. No ano passado, por falta de organizadores, a marcha do Rio de Janeiro não foi realizada. Em 2005, o movimento reuniu 300 pessoas. Em 2002, 500 manifestantes participaram da marcha na capital fluminense.

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