Sergio Vidal apresentou uma detalhada história do movimento estudantil e dos movimentos antiproibicionistas no país. Maurício Fiore abordou o tripé "criminalização- medicalização-moralização" presente no tratamento geralmente conferido a questão das "drogas". Bia Labate desconstruiu algumas das principais categorias fundantes do debate público e do imaginário social sobre as "drogas". Vinícius da Silva traçou a história do surgimento da instituição policial no Brasil e relacionou-a com a abordagem autoritária e problemática do tema pela polícia e judiciário hoje.A sala estava lotada de estudantes, alguns uniformizados com camisetas de suas correntes políticas. No final, o público presente fez longas intervenções, algumas polarizando confrontos ideológicos existentes entre correntes políticas diversas que disputam espaço no movimento estudantil. O debate foi interrompido por vezes por gritos de guerra coletivos entusiasmados como "um beck [cigarro de maconha] gigante, na boca do estudante!" ou outros similiares. Parece, contudo, não existir um consenso interno da UNE a respeito do apoio a legalização do consumo da Cannabis.
Foram coletadas propostas de encaminhamento de moções e discutida a necessidade da UNE incluir o debate sobre o tema das drogas na sua agenda política daqui para frente. Foi apontada a existência de uma vaga para um representante da UNE no CONAD, a qual permanece desocupada por falta de mobilização dos estudantes. O nome de Sérgio Vidal foi sugerido como um eventual candidato a preenchê-la.
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